Então é isso, amigos, foi-se o Mundial. A Austrália é a campeã invicta, as americanas ficaram pelo caminho e o Brasil garantiu o quarto lugar. A vantagem do mando de quadra e a qualidade técnica das meninas nos permitem subir o nível de exigência. A colocação poderia ter sido melhor, mas as falhas da semifinal custaram muito caro. Na disputa do bronze, a equipe jogou mal e os EUA chegaram atropelando. O resultado foi a sova de 40 pontos.
No geral, vale a bandeira fincada entre as quatro melhores seleções do mundo. As jogadoras fizeram o possível. Passos maiores, contudo, só serão dados quando mudar a mentalidade do nosso basquete.
O técnico Antonio Carlos Barbosa deixa a competição com saldo amplamente negativo. De bom, a condução do time na brilhante vitória sobre a República Tcheca. Ali, o treinador foi preciso. De resto, falhou demais, dentro e fora da quadra. Vamos ao jogo de sete erros:
1) Barbosa entrou no campeonato como candidato a deputado estadual. Essa informação nem precisa de comentários, né?
2) Deixou a defesa virar um queijo suíço nos jogos da primeira fase e, questionado pela imprensa, saiu-se com a declaração do ano: "Todo mundo fala que defesa ganha o jogo, mas eu não acho. Ganha quem faz ponto. Defesa é coisa de americano".
3) De forma velada, culpou as jogadoras pelos tropeços.
4) Não mandou ninguém a Barueri para ver possíveis adversários. Segundo os relatos, mal viu os jogos no próprio Ibirapuera. Apostou apenas nos vídeos para destrinchar os rivais.
5) Na véspera da semifinal, contra a Austrália, não sabia o dia do jogo. Anunciou para sexta, na verdade era na quinta. Isto é simplesmente inacreditável.
6) Demorou muito para pedir tempo no início do quarto período contra a Austrália. Ficou vendo a virada de Lauren Jackson & Cia.
7) Reagiu às críticas de forma agressiva, arrogante e debochada. Chegou a desafiar os comentaristas para um debate sobre tática, convocando-os a mostrar os currículos.
Que tristeza...